Coordenador: Rafael Oliveira Batista
Contato: [email protected]
Valor Total Conveniado: R$ 11.426,51
O projeto "Reúso agrícola da água residuária da indústria salineira solar: efeitos no sorgo forrageiro e nos atributos químicos do solo" visa analisar os efeitos de diluições da água residuária de salinas solares em água doce nas características do sorgo forrageiro e no solo. Será realizado na UFERSA, com um experimento de blocos casualizados, cinco repetições, e esquema fatorial 5 x 2, variando diluições de 1,5 a 6,0 dS m-1 e dois tipos de solos semiáridos. Após 80 dias, serão avaliadas as características biométricas, produtivas, fitoextratoras e bromatológicas do sorgo, bem como as químicas do solo. Espera-se viabilizar o reúso agrícola da água residuária, atender às demandas nutricionais do sorgo sem comprometer seu crescimento ou a qualidade do solo, minimizando riscos de salinização e sodificação, e identificar a diluição ideal para potencializar a produção do sorgo.
As salinas solares geram grandes volumes de águas residuárias tendo teores expressivos de macro e micronutrientes que atendem a demanda nutricional do sorgo forrageiro. A técnica da diluição aliada ao reúso agrícola mitiga os impactos negativos nas plantas e nas características químicas do solo. Diante o exposto, objetiva-se com o presente projeto de pesquisa analisar os efeitos de diluições da água residuária de salineira solar em água doce nas características biométricas, produtivas, fitoextratoras e bromatológicas do sorgo forrageiro e nas alterações químicas de dois tipos de solo. O experimento será realizado na Unidade Experimental de Reúso da Água da Universidade Federal Rural do Semi-Árido em Mossoró-RN e montado no delineamento em blocos casualizados, com cinco repetições, e os fatores arranjados em esquema fatorial 5 x 2. Onde os valores da condutividade elétrica da água de irrigação serão norteados pelo padrão de 3,0 dS m-1 da legislação de reúso agrícola vigente. O fator 1 será representado pelas diluições de água residuária de salineira solar: a) D1,5 - água residuária de salineira solar em água doce, tendo 1,5 dS m-1; b) D3 - água residuária de salineira solar em água doce, tendo 3,0 dS m-1; c) D4,5 - água residuária de salineira solar em água doce, tendo 4,5 dS m-1; d) D6 - água residuária de salineira solar em água doce, tendo 6,0 dS m-1; e e) DT - água doce (Testemunha). O fator 2 constará de dois tipos de solos representativos do semiárido brasileiro. O sorgo forrageiro será cultivado em 50 vasos de 20 L, irrigados diariamente com as cinco diluições. Após 80 dias de cultivo serão determinadas as características biométricas, produtivas, fitoextratoras e bromatológicas do sorgo forrageiro, bem como as características químicas do solo. Esses dados serão submetidos à análise multivariada, empregando-se a matriz de correlação de Pearson, as análises dos componentes principais, análise de agrupamento e análise fatorial. Espera-se como resultados: viabilizar o reúso agrícola da água residuária de salineira solar por meio da técnica de diluição em água doce; atender a demanda nutricional do sorgo forrageiro com os macro e micronutrientes presente na água residuária de salineira solar, sem comprometimento das características biométricas e produtivas; ter no sorgo forrageiro irrigado com diluições de água residuária de salina solar fatores de translocação e de bioacumulação menores que um; obter biomassa de sorgo forrageiro com excelentes características bromatológias possibilitando, assim, alimento de qualidade aos ruminantes; ter alterações na qualidade do solo pouco significativas, sem riscos de salinização, sodificação ou acúmulo de macro e micronutrientes; obter pelo menos uma diluição de água residuária de salina solar que atenda aos padrões de reúso agrícola e que supra adequadamente a demanda nutricional do sorgo forrageiro, potencializando, assim, suas características biométricas, produtivas e bromatólógicas e minimizando os riscos de alteração da qualidade química do solo.